“Olho no Furacão” é o segundo single da artista paulista Lubo, que se prepara para a estreia de seu álbum previsto para outubro
Nesta faixa, ela faz uma homenagem a Iansã, senhora dos ventos e das tempestades na umbanda e evoca o poder do foco e do movimento. Clique aqui para conferir
“Essa música nasce num momento onde eu estava muito confusa e desfocada, desconectada. Nas minhas buscas espirituais eu estava descobrindo e sentindo as manifestações de Iansã. Numa vontade de me conectar com a energia dela e pedindo ajuda pra lidar com o elemento ar, que se conecta com os pensamentos (energia mental). O mais lindo é que funcionou e a própria música me trouxe um insight: pensamentos passam como nuvens e Iansã, essa energia que também nos habita, sabe onde repousa o centro, o olho do furacão dentro. Pra mim ela me trouxe leveza e foco para lidar com a turbulência e a velocidade dos tempos atuais”, comenta Lubo.
Lubo é Luciana Bollina, multiartista brasileira com carreira pregressa nas artes cênicas, formada em teatro e dança, que participou de diversos musicais como “Chicago”, “Hair”, entre outros, e produções brasileiras audiovisuais como novelas e séries. Agora assume a nova alcunha e apresenta um trabalho voltado para os estudos de criatividade, filosofia, espiritualidade e a psicologia, que desenvolveu nos últimos sete anos.
Ao lado do produtor Fabio Pinczowski (Jorge Du Peixe, Ceumar, Fillipe Catto), apresenta um álbum que sai pelo selo Lastro Musical é coeso e inspirado no livro “Mulheres que Correm com os Lobos” de Clarissa P. Estés, foi gravado no Estúdio Doze Dólares e masterizado por Maurício Gargel. Em ‘Olho no Furacão” traz uma cumbia leve que se liga ao primeiro single lançado, “La Loba“.
“Eu quis começar pelo arquétipo da mulher selvagem, da bruxa com ‘La Loba’. Ao “desenterrar” a energia dessas mulheres que tinham conhecimentos da natureza e eram líderes e curandeiras de suas comunidades, eu me conecto com o meu poder nato e com o poder místico e revolucionário de ser humana. E me desidentifico da cultura vigente capitalista e patriarcal. Só a partir daí, com essa visão de um futuro mais ancestral que traz de volta valores perdidos junto com o feminino selvagem, só a partir daí posso cantar minhas visões de futuro e meus processos rumo à expansão da consciência. ‘Olho do Furacão’ é o segundo passo: ter domínio sobre a mente ilusionista e egóica e ficar no lugar mais seguro do mundo que é o meu próprio coração”, explica a artista.
