CANTORA E COMPOSITORA JENNI MOSELLO LANÇA “FEMMINA”, SINGLE QUE ANTECEDE ÁLBUM

Uma das compositoras pop nacionais mais ativas da atualidade começa a apresentar o seu trabalho solo com faixa que define como “o passar da meia noite em meia à selva”

A canção, um darkpop dramático, conceitual e intenso, inaugura uma nova fase na carreira da artista, considerada uma das compositoras pop nacionais mais ativas da atualidade. Clique aqui para conferir

‘FEMMINA’ foi escrita a partir de um insight de terapia. Após passar muito tempo escrevendo no álbum sobre o feminino e todas as suas partes, me questionei de onde vinha essa necessidade e lembrei, de imediato, de uma canção que meu pai cantava para mim quando eu ainda era um bebe, chamada ‘Malafemmena’. Esta música começa com a seguinte frase: ‘se você tivesse feito a outro homem o que fez a mim, este homem teria te matado’”, conta Mosello. “Minha música vem em resposta a anos de cantigas e cantadas que me fizeram sentir pequena, vulnerável, dependente do olhar e julgamento de outros. Fui batizada no Vaticano e doutrinada a acreditar que, por ser quem sou e sentir o que sinto, posso ser profana. Mas quem caça na natureza é a leoa, e não o leão. Eu sou uma felina, femmina, e tenho fome!”

A Sexta-Feira Santa do catolicismo, que marca o renascimento de Jesus Cristo, foi a data escolhida de lançamento como uma crítica à falta de figuras femininas inclusive na religião. “Eu fui batizada no Vaticano e lembro de perguntar para os meus pais, quando criança, o porquê não tinha nenhum Papa mulher, o porquê o Papa era sempre homem, o porquê as mulheres eram sempre as freiras. Era uma pergunta que vinha muito na minha cabeça, me questionava muito sobre o papel feminino na religião. Crescendo, eu entendi que a mãe de Jesus tinha que ser virgem, a Maria Madalena era prostituta então tinha que se dar mal. Isso sempre foi muito confuso para mim”, relembra Jenni.

A música começa dizendo “santificada seja aquela que escolhe sair da média, que colhe do fruto proibido e aceita que mulher direita é quem foge à regra”. “Lançar isso na Sexta-Feira Santa que, na teoria, marca o renascimento, uma mudança, a volta de uma esperança é, para mim, a minha representação do renascimento do meu feminino ou ressignificado do ser mulher para mim, mesmo eu tendo vivido sendo ensinada a acreditar de outra maneira”.

A produção é assinada pela própria Jenni Mosello com Lucas Vaz, que também divide a composição com a artista.

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Sobre Jenni Mosello

Jenni Mosello nasceu em Curitiba (PR) em maio de 1994 e, com apenas 2 meses, foi para Roma (Itália), onde viveu até os 10 anos. As influências das óperas cantadas pelo seu avô nos almoços de domingo são claras na sua obra, assim como a avó indígena por parte de mãe e o sangue romano por parte de pai. Foi dessa forma que Jenni cresceu: ouvindo jazz, blues, ópera e samba. Desde pequena, sempre foi apaixonada pela escrita. Mas foi desencorajada a compor e por isso contratou pessoas para escreverem suas primeiras canções, tanto em português quanto em inglês. Em 2016, ficou em segundo lugar no X-Factor Brasil e começou uma banda de jazz em Curitiba para, logo em seguida, apresentar seu primeiro trabalho solo autoral, em inglês, chamado Sketches.

Em 2018, conheceu o empresário e técnico vocal Diego Timbó, que a encorajou a compor e a convidou para escrever músicas para grandes artistas pop, como Luísa Sonza, Cléo,  Rebecca, entre outras. No mesmo ano, lançou seu primeiro álbum autoral em português, Jenni. Mas ela não se sentiu confortável com o resultado porque não era sobre exatamente o que ela gostaria de estar falando. Então focou na sua carreira de compositora, escrevendo grandes hits nacionais, como “VIP” e “ANACONDA”, da Luísa Sonza (quando foi indicada ao Latin Grammy); “FICA PRO CAFÉ”, da Carol Biazin; “Queima”, da Cleo com a POCAH; “Onda”, de Malía com Leo Santana; e o último grande viral “PLAYGROUND”, da Vivi. Jenni também trabalhou ao lado de grandes compositores internacionais, como Bibi Bourelly, autora de “Bitch Better Have My Money”, da Rihanna; Dallas Austin, autor de canções para Mariah Carey e Michael Jackson; Njomza, Lindy Robins e Gale, que fez parte de um dos últimos trabalhos da Anitta; HARV, diretor musical do Justin Bieber. Inclusive, ela foi a única brasileira convidada para participar do projeto She is the Music, criado por Alicia Keys, em 2022. No mesmo ano, assinou a trilha sonora do filme Me Tira da Mira, que conta com Elza Soares como uma das intérpretes.

Considerada uma das autoras mais ativas do cenário pop nacional, atualmente está envolvida em novos projetos de artistas como Juliette, POCAH, Renan da Penha, IZA, Lucy Alves, Kiaz, Luísa Sonza, Claudia Leitte, Lexa, Priscilla Alcântara, entre outros. Mas mais do que isso, ela se prepara para lançar seu segundo álbum autoral, FEMMINA. Mais madura do que quando lançou seu álbum de estreia, faz um ode ao feminino questionando o papel da mulher no mundo das artes. O lançamento está previsto para maio de 2023.