O videoclipe teve como ponto de partida o ensaio fotográfico da capa do disco, feito por Tarita de Souza. Chrys Galante, que assina outros 5 clipes do álbum, trabalha aqui com efeitos de movimento – como rastros de imagem, caleidoscópios, imagens aceleradas – e luzes coloridas.
“Na sociedade moderna, somos sempre incentivados a nos definir, como se fôssemos imutáveis: “ah, eu sou assim”. Como se uma função profissional ou uma formação pudesse nos definir enquanto pessoas: “sou engenheiro”, “sou produtor musical”, etc. E mesmo as crianças são incentivadas a isso com a pergunta “o que você quer ser quando crescer?”, como se isso fosse importante, ainda mais no início de nossas vidas. A verdade é que tanto fisicamente como emocionalmente, estamos em constante mutação. Esta canção é para me lembrar (e espero que também aos ouvintes) que a vida acontece no agora, no hoje, e temos pouco ou nenhum controle sobre aonde a vida nos levará. Mesmo com planos bem elaborados e executados, com objetivos claros e definidos, via de regra estamos sempre nos tornando algo, ou alguém diferente, e é esse movimento, por mais assustador que possa ser (pois pressupõe uma responsabilidade pelas nossas escolhas) é o que nos motiva a continuar seguindo”.