FESTIVAL PLURAL CHEGA EM BRASÍLIA E REFORÇA A IMPORTÂNCIA DA DIVERSIDADE

Festival traz nomes importantes da cena LGBTQIAP+ em cinco dias de música, debates, oficina, feira, palestras e mostra de artes visuais

No centro da Capital Federal, o Complexo Cultural Ibero Americano, entre os dias 14 e 18 de setembro, terá suas áreas ocupadas para abrigar as diferentes ações do Festival, que chega à terceira edição. As duas anteriores, em 2020 e 21, foram online em razão das restrições impostas pela Pandemia de Covid-19.

Para essa estreia presencial de PLURAL – Música e Diversidade a curadoria privilegiou atrações musicais locais, mas também convidou artistas com trajetória nacional já consolidada como Alice Caymmi (RJ), Linn da Quebrada (SP), e Majur (BA), além de Potyguara Bardo (RN), e Getúlio Abelha (CE), nomes que vêm conquistando destaque, e das promessas Mascucetas (MG), e Mulamba (SP).

Entre artistas do Distrito Federal, que sobem ao palco montado na área externa do Complexo Cultural dias 17 e 18 de setembro, estão Fernanda Jacob, Caleba Brasil, Letícia Fialho, Thabata Lorena, Puta Romântica, Flor Furacão, Saraní, Trio Cerrado Jazz, Aurora Vênus e Medro Mesquita. Os ingressos, a partir de R$ 10, começam a ser vendidos dia 22 de agosto, pelo Furando Fila.

Neste espaço de reconhecimento, empoderamento e protagonismo LGBTQIAP+ que faz da diversidade a bandeira e a razão de ser em seu conjunto, “ancoramos a programação musical com artistas engajados nos temas mais caros da nossa população – nossos direitos e conquistas”, aponta Yuri Rocha, diretor artístico do Festival.

PLURAL priorizou a contratação, para atuar na realização do Festival, de pessoas LGBTQIAP+, mulheres, pessoas pretas e de periferia. “Buscamos possibilitar locais de fala e de vida para corpos e corpas periféricas e dissidentes do DF, com isso, sensibilizar pessoas na luta contra a LGBTQIAP+fobia e em favor da liberdade de crença, do sexo e do gênero”, afirma do diretor.

A programação tem início no dia 14 de setembro, quarta-feira, com palestras, acerca de temas como políticas públicas para a comunidade LGBTQIAP+, que ocorrerão no Teatro Plínio Marcos; no Galpão do Teatro Plínio Marcos serão realizadas as oficinas de artes visuais; enquanto na Galeria Fayga Ostrower ficará em cartaz uma mostra de artes visuais; e a Galeria Marquise vai abrigar uma feira além das batalhas de rimas.

Com curadoria da galeria A Pilastra, a mostra coletiva de artes visuais tem como linha a diversidade de corpos que pensa a arte como nascente de ações políticas e sociais efetivas, que busca a discussão de assuntos que se espalham por pensamentos e fazeres pertinentes à vivência LGBTQIAP+, negritude, brasilidade e transgressão. A Pilastra mantém um trabalho de base com jovens artistas, curadoras e arte experimental em Brasília, em especial atenção à descentralização.

Atrações musicais:

 Alice Caymmi desembarca trazendo o novo show do seu mais recente lançamento “Imaculada”, quinto álbum da carreira da artista. No show, Alice se mostra a frente do tempo e principalmente por isso, a mais interessante continuidade do legado de Dorival Caymmi para a música contemporânea. No repertório, essencialmente autoralas canções Todas as noites (Alice Caymmi e Vivian Kuczynski), Dentro da minha cabeça (Alice Caymmi), Sentimentos (Alice Caymmi e DJ Mulú), Recíproco (Alice Caymmi, Junior Fernandes e Zebu), e Confidente (Alice Caymmi e Zebu).

Estreando em Brasília, Getúlio Abelha, natural de Fortaleza (CE), furou a bolha da cena musical local e despontou com seu forró eletrônico, pautado numa sonoridade plural e pop, com atitude punk. Durante a Pandemia, finalizou seu primeiro álbum autoral, intitulado Marmota. Lançado em junho de 2021, pelo selo Rec-Beat, o CD contém doze faixasDeste álbum, foram lançados videoclipes das faixas Sinal FechadoPerigo e Tapuru.

Inspirada em James Brown, Tim Maia e Fat Family, Majur faz uma MPB contemporânea com toques alternativos, que mistura soul, manipulação tecnológica e claves de matrizes africanas para falar de amor, do cotidiano e de si mesma. Apontada como a nova geração da cena musical brasileira, a baiana trazdiversidade no seu trabalho. Sua música reforça sua identidade plural, enquanto canta o amor com o suingue do afro-pop celebrando os encontros.

Para Mascucetas, “será um prazer cruzar nossas linhas e nossos caminhos com a produção do Festival PLURAL e pisar com máximo respeito em terras brasilienses pela 1ª vez”, dizem com tom de gratidão. No repertório do show, músicas autorais e releituras de grandes obras da música popular brasileira, narrando as

diversidades das identidades sexuais e de gênero, de forma lúdica, divertida e responsável.

Nome emergente da nova MPB, a Mulamba atravessa diferentes territórios em sua criação. Desde críticas ácidas até poéticas. Com performance impactante, já ocuparam festivais independentes. Atualmente baseada em São Paulo (SP), no PLURAL a banda vai apresentar canções do novo lançamento Será Só Aos Ares, um trabalho refinado que mostra estéticas musicais diversas e simboliza sua imensidão artística.

Serviço:

Festival Plural – Música e Diversidade

Local: Complexo Cultural Ibero Americano

De 14 a 18 de setembro de 2022

Classificação indicativa: não recomendado para menores de 14 anos

Informações: www.instagram.com/festival.plural

Ingressos: clique aqui